Perpétua era filha de uma família nobre e tinha um filho recém-nascido. Felicidade era escrava e estava grávida. As duas foram presas, no norte da África, na época em que o imperador Severo havia decretado pena de morte para os cristãos.
Na prisão, Felicidade obteve a graça que tanto pedia, de que seu filho nascesse antes da sua execução. Ao gemer com as dores do parto, respondeu ao guarda que a perturbava: “O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não estarei sofrendo sozinha, Cristo sofrerá por mim!”.
As duas mulheres se mantiveram firmes e fizeram questão de ser batizadas mesmo na prisão.
De acordo com as atas dessas santas, no dia de seu martírio, Perpétua e Felicidade foram jogadas a uma vaca selvagem, que atacou primeiro Perpétua. A santa se sentou imediatamente e arrumou sua túnica e seu cabelo para que as pessoas não achassem que estava com medo. Em seguida, aproximou-se de Felicidade, que estava no chão.
Pessoas gritavam que isso bastava e os guardas as retiraram pela porta dos gladiadores vitoriosos. Perpétua voltou a si de uma espécie de êxtase e perguntou se já iria enfrentar as feras. Quando lhe contaram o que havia acontecido, a santa não podia acreditar.
Em seguida, a multidão pediu que as mártires comparecessem novamente. Depois que as santas se deram um beijo da paz, Felicidade foi decapitada pelos gladiadores.
O carrasco de Perpétua estava nervoso e errou o primeiro golpe. Então, Perpétua ofereceu o pescoço ela mesma e, dessa maneira, também morreu pela fé. Naquele dia também deram suas vidas outros mártires valentes.
FONTE: ACIDIGITAL